sexta-feira, 16 de março de 2012

OFICINA DE TGD





Foi realizada no dia 14 de março de 2012 nossa primeira oficina direcionada aos professores com a integração das escolas Jardim de Infância 305 Sul e Escola Classe 305 Sul.
Nossa proposta é dar continuidade ao projeto de oficinas iniciado no ano de 2011.
O tema de estudo foi T.G.D.
Segue abaixo o link com material de apoio das reuniões.
LINK DE AVALIAÇÃO PORTAGE:
LINK -GUIA DE LIVROS SOBRE AUTISMO:
LINK DO ROTEIRO / MATERIAL DE APOIO DADOS AOS PAIS NA REUNIÃO:
LINK DE DICAS PARA INICIAR O USO DE FICHAS PECS:
LINK DE SITE COM FICHAS PECS EM PORTUGUÊS:
http://www.autismo-br.com.br/home/pecs-figuras.htm
LINDA DA APRESENTAÇÃO EM POWERPOINT:
LINK DO MATERIAL/ROTEIRO DADO AOS PROFESSORES:
LINK DO MODELO DE FICHAS/IMAGENS PARA ROTINA EM SALA DE AULA:
Espero que todos tenham gostado de nossa oficina.
Um abraço à todos e agradeço a participação e carinho das equipes do Jardim de Infância 305 Sul e Escola Classe 305 Sul.
Estou adorando trabalhar com vocês!
Contem comigo sempre!
Beijos ;
Cristiane Mendes

quarta-feira, 14 de março de 2012

Encontro de pais para estudo, uma nova idéia!




O encontro é uma ação desta Equipe Especializada, e conta com o apoio das equipes do Jardim de Infância 305 Sul e da Escola Classe 305 Sul.
Começou a germinar uma nova semente entre os pais dos alunos com necessidades especiais na reunião realizada dia 13 de março no Jardim de Infância 305 Sul.
Estamos germinando a semente do conhecimento, da socialização, da troca de experiências!
Interessados em adquirir uma muda ou que necessite de espaço para plantio de suas sementes, favor entrar em contato conosco. A ajuda de todos será bem vinda!
Um dos temas de estudo no encontro foi "TGD" ( Transtorno Global de Desenvolvimento).
Agradecemos a participação de todos os presentes e contamos com um número de participantes ainda maior no próximo encontro.
Nosso objetivo é compartilhar, trocar esperiências vivenciadas por todos!
Acreditamos que estes encontros irão firmar ainda mais a participação efetiva dos pais no âmbito escolar.
Também visamos uma integração entre os professores e profissionais que atendem nossas crianças.
Ressaltamos que o próximo encontro será realizado nas dependências da Escola Classe 305 Sul no mês de abril e que a data será divulgada no blog!
Segue abaixo o link do material entregue aos pais, roteiro para avaliação Portage e apresentação PowerPoint sobre TGD.
LINK DE AVALIAÇÃO PORTAGE:
LINK -GUIA DE LIVROS SOBRE AUTISMO:
LINK DO ROTEIRO / MATERIAL DE APOIO DADOS AOS PAIS NA REUNIÃO:
Nossos agradecimentos especiais à Direção do Jardim de Infância 305 Sul e da Escola Classe 305 Sul, à professora Mônica Marques da sala de recursos do J.I. 305 Sul e em especial à professora Gláuria que carinhosamente cedeu o espaço de sua sala de aula no horário da regência.
Agora nossos próximos encontros serão realizados na Escola Classe 305 Sul!
Um abraço à todos!

MOAB - EVENTO IMPORTANTE!


O Movimento Orgulho Autista Brasil convida a todos para participar do 2° Desabafo Autista e Asperger do ano que será realizado dia 17/03, sábado, às 14h, no Colégio CCI (Centro de Criatividade Infanto-Juvenil), localizado na QN 401, Samambaia Norte-DF.
Ponto de referência: O Colégio CCI fica na pista do HRSAM (Hospital Regional de Samambaia). Vindo de Taguatinga, vire a direita antes de fazer o balão. Após passar pelo HRSAM são 3 Km seguindo reto até o Colégio CCI.
Durante a realização do Desabafo, pais, familiares, amigos, especialistas, professores e outras pessoas interessadas no tema autismo e asperger trocam experiências, apresentam novas informações e, principalmente, relatam e debatem sobre suas vivências com filhos, conhecidos ou familiares autistas.

domingo, 11 de março de 2012

Aumento no interesse em ABA- Análise Aplicada do Comportamento


Os últimos anos viram o aumento no interesse em análise aplicada do comportamento (ABA, ou applied behavior analysis) no tratamento do autismo. Inúmeros programas e prestadores de serviços dizendo fazer ABA apareceram, alguns aparentemente do dia para a noite.
Este ano estou muito interessada em aprofundar meus estudos em ABA e compartilhar com todos meus conhecimentos na área.
Ressalto que gostaria de receber sugestões de trabalhos. Segue abaixo o link da matéria sobre ABA.

Modificações no cérebro de autistas



A matéria do link abaixo é um texto sobre estudos realizados com cérebros de autistas.
Segundo pesquisadores o cérebro de autistas tem alterações aos 6 meses de idade.

Novidades sobre o diagnóstico e tratamento do distúrbio - AUTISMO


Da psicologia à genética, especialistas de diversas áreas apresentam, em evento realizado em São Paulo, novidades sobre o diagnóstico e o tratamento desse distúrbio.
Clique no link abaixo para visualuzar a matéria completa:

sexta-feira, 9 de março de 2012

ABA - ANÁLISE APLICADA DO COMPORTAMENTO


Texto explicativo e com intervenções utilizando ABA - Análise aplicada do comportamento - é uma abordagem para trabalhar com ocomportamento do autista e ensinar-lhe novas habilidades concentrando-se em aumentar os comportamentos que apresentem desafios para o autista e diminuir aqueles inapropriados ou repetitivos. Concentra-se em observar, medir e avaliar as ações do individuo assumindo que ocomportamento é controlado pela mudança do ambiente e a mudança pode ser alterada com amanipulação deste ambiente.
O termo (ABA) “ Applied Behavior Analysis” se refere a um campo de pesquisas e análises que está sempre se desenvolvendo e ampliando por varias décadas.
Facultativos da ABA usam várias abordagens para criar uma mudança no comportamento dos autistas avaliando o progresso e sistematicamente modificando e fazendo intervenções no programa.
Existem varias técnicas que podem ser usadas com o ABA como Tentativas discretas,Comportamento Verbal e outras.
Segue abaixo o link do texto que não é de minha autoria. Espero que gostem, pois este material auxiliou bastante meu trabalho com crianças portadoras de TGD.

Dieta do Glúten - Tratamento alternativo para autistas



Acessando o site http://www.autimismo.com.br/abor_alim_alternat.html li esta matéria interessantíssima. Trata-se de um texto com relatos da experiência de uma mãe que obteve resultados positivos aplicando esta dieta para seu filho.
"Conheci vários pais que fazem tratamentos com os filhos autistas apoiados pelo DAN (especialista em autismo nos EUA que usam a dieta) que seguem o protocolo Defeat Autism Now. Com isso, ao ouvir várias histórias de bons resultados com esta intervenção, resolvi levar o meu filho a um médico filiado ao DAN que pediu vários exames que foram feitos pelos Laboratórios Great Smokies e Great Plains.
Um conselho que recebi no primeiro contato com o especialista foi que eu deveria colocar o Luke imediatamente na dieta sem glúten, sem caseína e sem soja. Comecei a dieta e notei uma diferença grande após duas semanas. Meu filho que batia a cabeça a cada quinze minutos sem nenhuma razão era muito agitado, só dormia seis horas e acordava no meio da noite, pulava por uns 30 minutos e só depois voltava a dormir, hoje não tem problemas com isso: dorme de mais ou menos 21:30 da noite até às 8 da manhã. Não bate mais a cabeça - só quando está nervoso o que acontece mais com a quebra de rotina -, e segue as orientações que dou a ele com mais facilidade, e está menos hiperativo.
Não tenho dúvida que ele necessita fazer a dieta. Quando por acidente ele come glúten, caseína ou soja pode-se notar que ele fica muito confuso sem conseguir processar as informações que recebe e voltam todas as reações notadas antes da dieta. Também tem problemas com Cândida Albicans e necessito tomar cuidado com a quantidade de açúcar nos alimentos que ingere.
A melhor maneira de saber se a dieta pode ajudar é fazendo a dieta.
Nos Estados Unidos existem alguns laboratórios que podem fazer os testes para saber se a dieta é necessária. Conheci muitos pais que fizeram os testes e constataram que o filho não necessitava fazer a dieta, mas, mesmo assim, adotaram a dieta e notaram, depois de algum tempo, melhoras consideráveis. Eu fiz um teste com o meu filho quando ele tinha três anos em um laboratório regular por não ter a informação que tenho hoje que crianças autistas, por terem um sistema que processa de maneira diferente, têm que fazer os testes em condições especiais. Com isso o resultado mostrou que ele o Luke não precisaria fazer a dieta. Quando ele tinha cinco anos eu o coloquei na dieta e fiz um teste no laboratório que os DAN recomendam. Em um deles, o Great Plains Laboratory, o teste mostrou que ele precisava fazer essa dieta e, claro, o mais importante, foi que notei uma grande melhora nele.
No momento ele faz a dieta sem glúten, caseína, soja, e pouco açúcar também cigo a dieta feingold sem conservantes. Luke toma suplementos como multi-vitaminas, cálcio, Omega-3 (sem mercúrio), aminoácidos, acidófilos, zinco e enzimas. Estou aos poucos fazendo a transição para SCDIET (Specific Carbohydrate Diet) - dieta específica de carboidratos - que é recomendada para regularizar o ("Leaking gut") - Intestino Poroso e mata a Cândida Albicans. Na SCDIET que é uma dieta muito mais complicada, algumas frutas antes de serem comidas devem ser cozidas em água e outras devem estar muito maduras para serem ingeridas.
Na escola, o Luke leva a comida dele e já está consciente, depois de dois anos na dieta, que não pode comer qualquer coisa. Se tiver uma festa ele leva o bolinho dele e coisas que gosta e pode comer. Quando saímos sempre levo alguma coisa das que lhe são permitidas para não ter problemas. Exemplo: podemos ir ao Mcdonalds ele come batata-frita (é feita com óleo vegetal contém soja e, embora ele seja sensível à soja, a quantidade contida nas batatas não é o bastante para causar problemas); come hambúrguer sem pão e toma Sprite. Se for a outro restaurante ligo e explico o problema e vejo o que ele pode comer. Sempre checo todos os alimentos e remédios antes de consumi-los. "

Auxílio na comunicação

Imagine-se em um outro país com uma cultura, hábitos, língua diferentes. Como você se sentiria neste lugar onde não consegue se comunicar ou compreender os atos das pessoas que são bem diferentes dos seus? A sua primeira reação provavelmente seria a de tentar manter uma comunicação. Da mesma maneira o autista precisa encontrar um caminho para se comunicar e, com isso diminuir sua frustração, trabalhar a socialização e seu crescimento como ser humano.
Comunicação é uma área muito difícil para os autistas.Algumas características dos autistas que dificultam a comunicação são: a distração, a dificuldade de processar instruções orais, manter atenção e organizar informações que estão recebendo. Também têm dificuldade de processar os cincos sentidos (tato, visão, audição, paladar, olfato) de uma só vez, ou mesmo de utilizar mais que um deles de cada vez.
Esta inabilidade de ser compreendido afeta o comportamento podendo gerar maneiras inapropriadas para se comunicar como bater a cabeça, gritar, ou manter hábitos indicadores típicos do autismo. Um exemplo: os pais podem compreender que andar de um lado para o outro quer dizer que ele necessita ir ao banheiro, mas para outras pessoas esta ação não terá um significado a ser imediatamente compreendido. Conseqüentemente, se você estabelecer uma maneira de manter a comunicação, poderá eliminar muitos problemas de comportamento.
Muitos autistas têm uma compreensão limitada do processo de comunicação ou nenhum tipo de compreensão. Ao escolher um método de comunicação é necessário que a meta usada seja a de possibilitar ao autista conquistar sua independência, encorajar iniciativa, estabelecer uma comunicação espontânea conseguindo expressar suas vontades, necessidades, pensamentos, sentimentos, em diferentes situações e com distintas pessoas.
Se um autista consegue efetivamente conquistar a habilidade da comunicação antes de atingir os seis anos de idade, terá melhores condições de desenvolver a comunicação e se tornar um autista de bom funcionamento.
Maneiras de trabalhar a comunicação:
:» Dar ênfase ao lado visual;
» Rotina;
» Criar situações nas quais o indivíduo tenha que fazer uma escolha entre um objeto; que gosta e um objeto que não gosta;
» Estabelecer uma meta de comunicação para cada atividade;
» Encorajar interação com outras crianças;
» Encorajar brincadeiras nas quais tenha que se revezar.Encorajar a comunicação:» Validar qualquer tipo de comunicação;
» Encorajar atividades que envolvam materiais como atividades físicas, movimentos, música (incorpore música e movimento nas atividades);
» Encorajar a iniciação de comunicação (não antecipe as necessidades. Controle aceso aos objetos preferidos).Problemas motores podem resultar em dificuldades no desenvolvimento da fala indicando a necessidade de estabelecer uma maneira alternativa de comunicação. Esses sistemas não são desenvolvidos para substituir a fala, mas para servirem como suplementos e facilitar a verbalização em de uma maneira eficaz;
» Gestos e apontar;
» Comunicação com objetos e fotos;
» Trocas de objetos ou fotos. Fotos de símbolos com palavras;
» Palavras e letras;
» Linguagem de sinais;
Estes métodos alternativos de comunicação podem oferecer uma maneira de comunicação que seja apropriada e afetiva e, com isso, poderá ocorrer a aprendizagem.
» Aprender o processo de comunicação;
» Engajar em comunicação intencional para expressar vontades e necessidades;
» Experiência em trocar comunicação.Apontar, gestos e birra podem ser apropriados para alguns. Comunicações mais simples são freqüentes para se poder começar uma comunicação funcional.
Seja qual for o método de comunicação que você escolher, explicite-o, deixe-o sempre a mostra, faça com que ele seja reconhecido pelo autista.
» Troca de objetos funciona bem para pessoas que não apontam, que têm problemas de visão ou têm dificuldades com fotos (as fotos muitas vezes são abstratas no começo e podem ser usadas coladas em um objeto por elas representado.Exemplo: em um copo, colar a foto de um copo do PECS para pedir água). Uma maneira de introduzir esse método é criando uma caixa de objetos que a pessoa pode usar quando desejar pedir ou comunicar algo. A caixa poderá ser dividida em quatro ou mais divisões e as fotos separadas por classes (Exemplo: brinquedos; comidas; utensílios, etc.).
» Fotos (PECS) podem ser arrumadas em um fichário ou roteiro colocados na parede. Este sistema oferece o suporte visual necessário. (Pesquisas provam que este sistema e a linguagem de sinais também facilitam o Desenvolvimento da fala, quando usados corretamente, para não criar dependência).
» A linguagem de sinais tem sido usada não só para surdos e mudos, mas também para pessoas com problemas de comunicação. Pode ser usada para cada palavra que você diz ou para palavras especificas que deseja acentuar. Este método tem sido uma maneira bem afetiva de ensinar comunicação e manter a atenção. Deve ser usado com consistência: em casa, na escola e nas atividades diárias.
» Estimule o individuo a fazer qualquer barulho para pedir algo. Então você dará o que ele deseja. Com isso, aos poucos ele descobrirá a importância de usar as palavras. Exemplo: "bis" para biscoito (coloque o biscoito em um lugar que ele não tenha acesso) faça de conta que não compreende o que está sendo pedido até que ele use o som "bis" (ao dar o biscoito fale "biscoito"). Quando começar a usar o "bis" para biscoito ensine outro som para representar outra coisa. Depois da criança aprender umas dez palavras aproximadamente e começar a falar claramente (não necessita ser perfeito), articule palavras até que ela comece a usar duas palavras juntas ("quero biscoito").
Texto de Andrea Simon
Fontes usadas:
TWACHTMAN-CULLEN, Diane. Autismo Asperger´s Digest Future Horizons. Arlington TX, março/abril 2004, páginas, 15/ 31.
ERNSPERGER, Lori. Autism Asperger´s Digest Future Horizons. Arlington, Tx, julho/agosto 2003, p. 24.
FOCUSE, Beth & WHEELER, Maria. A tresure chest of behavioral strategies for Individual with autism. Arlington TX, Future-Horizons, 1997.

Concepções erradas sobre o autismo:

Há muitos mitos e concepções erradas sobre o autismo.
Quando se fala "autismo", a maioria das pessoas pensam no autismo clássico, algumas lembram-se do filme "Rain Man" onde o autista interpretado por Dustin Huffman era superdotado.Apesar deles terem características parecidas, cada um tem a sua maneira de ser. Muitos são capazes de fazer contato olho-a-olho (alguns de uma maneira um pouco diferente do que fazem as outras crianças). Muitos desenvolvem um bom uso da fala e outros desenvolvem outras formas de comunicação como linguagem de sinais, (PECS).
Crianças podem progredir e diminuir os sintomas com tratamentos e métodos que proporcionem seu desenvolvimento. Muitos são carinhosos, abraçam, beijam e iniciam conversas (sobre assunto que lhe interessa), podem gostar de estar com outras pessoas, mas, normalmente, não querem interagir.

Prognósticos dos autistas:


Pessoas autistas têm a mesma probabilidade de vida de uma pessoa regular e, a qualidade de vida vai depender de cada indivíduo. Algumas pessoas com "High-Function autismo" (autismo de bom funcionamento, o que não é um termo medico, mas é usado para autistas que não são Asperger, mas falam têm um bom funcionamento de ações e reações) podem se casar, freqüentar Universidade, ter uma carreira e participar da comunidade. Alguns exemplos:
*Temple Grandim, uma autista que é professora da Universidade de Colorado, cientista reconhecida mundialmente por seu trabalho com animais.
* Albert Einstein, um marco no século 20.
*Tito Mukhopadhyay um adolescente com autismo clássico, morador da Índia que, apesar de ser clássico escreve poesias e se comunica. No momento ele está morando nos EUA com a família para os especialistas estudarem seu caso, que é raríssimo.
Já outros autistas precisam de muitos cuidados. Espero que os estudos científicos avancem junto aos estudos comportamentais e que um dia eu possa ler na Internet e quem sabe postar para todos a grande notícia: "DESCOBERTA A CURA PARA O AUTISMO".

O QUE É O AUTISMO?

Autismo é uma desabilidade do desenvolvimento que afeta a comunicação e a interação social. Afeta meninos duas vezes mais do que meninas. Atualmente acredita-se que o autismo atinja uma em cada 250 pessoas, e a quantidade de pessoas diagnosticadas como autistas aumentou consideravelmente nestas duas décadas, (embora isso ocorra, em parte, pelo aperfeiçoamento dos diagnósticos e mudanças nos critérios de avaliação do espectro autista).
O espectro autista é como um guarda-chuva que inclui autismo clássico, síndrome de asperger, transtorno do desenvolvimento, dentre outros e é considerado como um conjunto de distúrbios devido à quantidade e à intensidade dos sintomas. Contudo, todos os autistas demonstram falhas nas áreas: comunicação, interação social imaginação, repertorio de comportamentos.
O autismo pode ocorrer em qualquer nível, seja no retardado mental, no QI normal, ou no superdotado e atinge qualquer raça, etnia, não tem fronteiras sociais, não se vincula a determinados grupos e nem à posição econômica ou educacional; o autista pode ser dependente dos outros ou independente, mas sempre com dificuldades nas aéreas sociais.
Baseado em estatísticas do Departamento de Educação dos Estados Unidos e de outras agências governamentais, o autismo está crescendo de dez a dezessete por cento ao ano. Segundo a Associação Americana de Autismo (ASA) estima-se que o autismo pode alcançar quatro milhões de americanos na próxima década (Serão afetados com algum grau).
Autistas respondem a informações de maneira diferente de outras pessoas.

Mensagem aos pais



Nossas crianças são o maior presente que Deus pode nos dar.
Não importa como eles venham.Esta verdade não muda.
Seja grato. Ame, honre e cuide deles.
Se o seu filho não é perfeito ou o que você esperava, Deus não puniu você por erros passados.
Mas Ele lhe deu uma oportunidade, que você ainda não compreendeu.
Faça o máximo desta situação,mesmo porque você tem esta missão por uma razão.
No final, terá uma recompensa que você nem poderia imaginar!
(Autor desconhecido)

domingo, 4 de março de 2012

Transtornos Globais do Desenvolvimento



Os transtornos globais do desenvolvimento (TGD) são condições que, segundo a quarta edição revisada do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR), incluem: transtorno autista (TA),síndrome de Asperger (AS), transtorno invasivo do desenvolvimento sem especificação (TID-SOE), síndrome de Rett e transtorno desintegrativo da infância.
O conceito de transtorno de espectro autista (TEA) surge diferenciando estas cinco condições e agrupando o autismo, a síndrome de Asperger e os TGD-SOE (MERCADANTE et. al., 2006).
Referem-se a um grupo de distúrbios da socialização com início precoce, geralmente antes dos 3 anos, e curso crônico (KLIN, 2006) e são caracterizados por um quadro clínico no qual os indivíduos demonstram diminuição qualitativa da comunicação e da interação social, restrição de interesses, além de apresentarem comportamentos estereotipados e maneirismos (WHO, 1993; APA, 1995).
As apresentações clínicas podem variar tanto em relação ao perfil da sintomatologia quanto ao grau de comprometimento. Estes transtornos configuram-se como distúrbios do neurodesenvolvimento decorrentes de alterações nos circuitos do cérebro social, interferindo nos processos de desenvolvimento social, cognitivo e da comunicação.A heterogeneidade das manifestações comportamentais e os diferentes graus de acometimento estão relacionados a uma possível natureza dimensional do transtorno e que, por natureza, são transtornos do neurodesenvolvimento que acometem mecanismos cerebrais de sociabilidade básicos e precoces (KLIN, 2006). Apesar da etiologia do TGD não estar totalmente estabelecida, diversos estudos apontam associações deste com alterações genéticas e de bases neurológicas, além de acidentes pré-natais, distúrbios metabólicos e infecções pós-natais (SLONIMS, BAIRD, CASS, 2003).
Portanto, qualquer tentativa de compreendê-los requer uma análise em diferentes níveis, como do comportamento à cognição, da neurobiologia à genética, e as estreitas interações entre cérebro, ambiente e comportamento ao longo do tempo (KLIN & MERCADANTE, 2006).
O autismo clássico e a Síndrome de Asperger são os mais conhecidos entre os TGD. Esses indivíduos geralmente exibem alterações cognitivas que acarretam dificuldades para compreender situações sociais e as regras implícitas no relacionamento interpessoal, comunicar-se de maneira interativa, lidar com situações inusitadas e ser capaz de regular os seus comportamentos de acordo com o contexto. Desta maneira, são indivíduos normalmente inflexíveis, apegados à rotina e a interesses específicos, o que os torna muitas vezes inadequados e desadaptados socialmente (KLIN, 2006).
Os primeiros trabalhos só começaram a ser descritos em 1956, por Kanner , o que pode considerá-lo um transtorno muito novo, porém, neste período, não têm faltado esforços e pesquisas nas mais diversas áreas de investigação para o entendimento destes transtornos. Dezenas de pesquisas já foram realizadas para estabelecer a prevalência de TID. O primeiro estudo epidemiológico sobre autismo foi realizado por Lotter , em 1966, na Inglaterra, que verificou uma taxa 4,1/10.000 para autismo infantil. Durante o período de 1966 a 1991, a taxa média de prevalência para autismo infantil encontrada nos estudos era de 4,4/10.000. Posteriormente, a prevalência atinge 12,7/10.000 nos estudos realizados até 2001.
Os estudos atuais apontam estimativas de taxas de prevalência de TGD, variando entre 20 e 66 para 10.000 indivíduos (FOMBONNE et al, 2006; WILLIANS; BRAYNE; HIGGINS, 2006), sendo que o Center for Disease Control and Prevention estimou, em 2007, a taxa de 6,7 para cada 1000 crianças em idade escolar ou seja, não sendo, portanto, mais considerado um transtorno raro (MOLLOY et al , 2009) .
Nota-se que houve um aumento na taxa de prevalência estimada por estudos atuais. Este aumento se deve provavelmente à ampliação do conceito ao longo do tempo e do maior conhecimento das condições médicas dos TGD. Além disso, fatores diversos, como diferenças metodológicas empregadas nas pesquisas e maior aceitação da comorbidade do autismo como síndrome do X frágil, esclerose tuberosa, SD, entre outras patologias, contribuem para essa variação (FOMBONNE, 2003; WILLIAMS, BRAYNE, HIGGINS, 2006).
Finalmente, existem evidências na literatura de que há uma maior incidência de autismo em meninos do que em
meninas, sendo a proporção de quatro meninos para cada menina (CHARMAN, 2002).
Outro fator de extrema importância são as condições médicas associadas aos TEA. Essas condições são bastante comuns, sendo consideradas mais freqüentes a epilepsia, o X frágil, a esclerose tuberosa e a síndrome de Down (FOMBONNE, 2003; VOLKMAR, 2002; WILLIAMS, BRAYNE, HIGGINS, 2006). Com relação à síndrome de Down, os últimos estudos têm apontado para uma prevalência dessa associação muito maior do que antes descrita e que, quando feito o diagnóstico e as intervenções adequadas, os prognósticos e resultados são melhores (LOWENTHAL et. al., 2007, MOLLOY et. al., 2009; HEPBURN et. al., 2008). Cognição Social e Funções Executivas Nas últimas décadas, as pesquisas em neurociências têm se desenvolvido com rapidez e eficiência.
Várias são as áreas beneficiadas com este novo conhecimento científico. A educação pode se beneficiar desses conteúdos e o processo de ensino e aprendizado pode ser melhor compreendido quando se utiliza a neurociências como mais uma ferramenta. O professor com esses conhecimentos enriquecerá seu repertório na forma de ensinar seus alunos e com isso entenderá melhor a forma de aprendizado de cada um.
O cérebro social é definido pelas neurociências como conjunto de regiões cerebrais que são ativadas durante o desempenho de atividades sociais. Essas estruturas estão ligadas umas as outras formando redes neurais (KLIN, ROSARIO, MERCADANTE, 2009).A cognição social é o processo neurobiológico ou cognitivo que elabora a conduta adequada em resposta a outros indivíduos da mesma espécie, especificamente, aqueles processos cognitivos superiores que sustentam as condutas sociais extremamente diversas e flexíveis (ADOLPHS, 1999), ou seja, é o processo que permite humanos interpretar adequadamente signos sociais.
A cognição social lida com o mundo estritamente social, não com os mundos físico e lógico-matemático, embora todos os três obviamente tenham as marcas do engenho cultural humano (FLAVEL, MILLER, MILLER, 1999). Segundo Escartí (2002), são estas estruturas cognitivas que constituem a base do comportamento humano e que influenciam a conduta social do sujeito e as suas respostas emocionais e afetivas perante um grupo. Desta forma, o objeto de estudo da cognição social é a análise dos comportamentos humanos, levando em conta as condições pessoais e da situação.
Se, porum lado, a parte social reconhece a importância do envolvimento no comportamento humano, por outro a parte cognitiva realça a influência que têm os processos de pensamento e as estruturas mentais os quais possibilitam o processamento de informação e interferem na construção da nossa realidade do mundo. Na teoria do processamento de informação, o cérebro pode ser caracteriza do funcionalmente como um dispositivo biológico para o processamento de informação. A cognição, enfim, é um processo de construção interna do conhecimento, incluindo atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e discurso (VARELA et. al., 2003).Várias estruturas anatômicas são implicadas nestes processos: a amígdala, o córtex pré-frontal ventromedial, a ínsula e o córtex somatosensorial direito (BEER, OCHSNER, 2006). O córtex pré-frontal ventromedial está comprometido com o raciocínio social e com a tomada de decisões; a amígdala, com o julgamento social de faces; o córtex somatossensorial direito, com a empatia e com a simulação; enquanto a ínsula, com a resposta autonômica.
Essas estruturas cerebrais atuam como mediadores entre as representações perceptivas dos estímulos sensoriais e a recuperação do conhecimento que o estímulo pode ativar .A capacidade de empatia ou a habilidade de detectar o que outra pessoa sente é medida pela capacidade de poder reproduzir em nosso próprio organismo um estado emocional similar . Para isso, devem estar preservados os mecanismos de interpretação de signos emocionais relevantes, bem
como o córtex somatosensorial direito e a ínsula (CASELLI, 1997).
Uma das maneiras possíveis de se investigar a capacidade de um indivíduo de interpretar a expressão emocional de uma face é reproduzir a expressão da face no próprio organismo (através do córtex somatossensorial direito e da ínsula) e detectar o sentimento que desencadeia (ADOLPHS, 1999). Nessa situação, os pacientes com lesão em tais áreas apresentam transtornos no juízo emocional de faces (ROLLS et.al., 1994).À medida que a criança cresce de maneira normal, aprende a manipular essas emoções conforme as normas e expectativas sociais (ROLLS, 2000),desenvolvendo uma correta cognição social. Assim, o córtex pré-frontal ventromedial permite uma integração entre a percepção de uma emoção e a resposta que desencadeia, seja uma conduta complexa elaborada pelo neocórte orbitário, seja uma resposta autonômica ou motora (incluída a atenção) através das eferências amigdalinas (BELISÁRIO FILHO, 2009).
Os fatores cognitivos que mais influenciam o processamento da informação são: percepção, atenção e memória. A
percepção pode ser definida como "entrada na consciência de uma impressão sensorial" (GRECO, 2002), através da qual o sujeito forma uma imagem de si próprio e do ambiente que o rodeia.
De acordo com Eysenck e Keane (1994), este processo de transformação da realidade factual (objetiva) em realidade pessoal (subjetiva) envolve uma mobilização e operacionalização dos mecanismos cerebrais centrais. Os processos perceptivos, que se estabelecem na interação do sujeito com o meio, diferenciam-se conforme a tarefa a ser realizada. O sujeito acredita e aceita os que as suas impressões sensoriais recebem, porém a sua percepção poderá ser influenciada pela sua realidade pessoal (experiências e vivências anteriores). Para que se tenha percepção, é necessário recorrer aos mecanismos de atenção de modo que o sujeito tome consciência dos estímulos que o envolvem (VIANA & CRUZ, 1996) e que os reconheça e/ou compare com as informações contidas na memória. A partir deste processo, é que a informação será processada e será feita a tomada de decisão e ação. A escolha e interpretação da informação dependem da estrutura cognitiva e das relações pessoais e ambientais, ou seja, resulta da interação (que abrange informações sobre si próprio) e o meio ambiente (forma como as informações sobre o que se passa a sua volta são percebidas) (GRECO, 2002).A atenção é o processo que nos "leva a dirigir e manter a consciência nos estímulos percebidos" (VIANA & CRUZ, 1996), vindos do meio com o qual interagimos e/ou do nosso organismo. Este mecanismo é crucial na determinação da informação que deve ou não ser retida na memória, o que afeta a quantidade e extensão a ser armazenada para posterior utilização.
O processo de guardar a informação na memória é um dos aspectos mais importantes do processamento de informação humana, uma vez que este sistema depende da interação da informação nova, que é apresentada ao sujeito, com a informação retida anteriormente (GODINHO et. al., 1999). A memória é conceituada como a capacidade que os seres humanos possuem de separar e organizar as informações dos estímulos recebidos. Na aprendizagem, este processo é de extrema relevância (ibidem). A memória permite evocar informações passadas, confrontando-as com outras mais recentes. E é desta associação de informações que resulta a dinâmica das nossas relações sociais e a formação das impressões acerca das outras pessoas.
A teoria da cognição social elucida o modo como o desenvolvimento cognitivo auxilia e possibilita a formação do apego. O interesse pelo meio social nas crianças é evidente desde o nascimento. A criança busca seus parceiros sociais através de mecanismos básicos de socialização, como a atenção seletiva para faces sorridentes ou vozes agudas e brincadeiras.
O desenvolvimento das habilidades sociais, cognitivas e de comunicação se estabelece a partir desta troca que por reciprocidade tornam-se altamente reforçadoras tanto para a criança quanto para seu parceiro social (MONTENEGRO, 2009).
Flavell et. al. (1999) descrevem cinco pré-requisitos cognitivos para a formação do apego:
(1) a capacidade crescente dos bebês de fazer discriminações visuais finas;
(2) o potencial para processar os sons da fala humana;
(3) a capacidade do bebê de construir expectativas quanto às interações recíprocas com
um adulto;
(4) o desenvolvimento da permanência dos objetos, sendo
particularmente em primeiro lugar o da permanência da mãe;
(5) competência precoce dos bebês para a imitação, que leva a uma atenção seletiva para determinadas figuras do ambiente. Cognição e afeto são duas dimensões indissociáveis, e a separação entre elas acontece no plano teórico muito mais por conveniência do que por se tratar de dimensões distintas e independentes da mente (FORGAS, 2001). É importante levar em conta que o relacionamento entre cognição e emoção é crucial para a compreensão do desenvolvimento em geral. O desenvolvimento cognitivo, portanto, permite que a criança assuma um papel diferente em suas interações sociais e seus relacionamentos: uma troca para um papel de participante mais ativo e intencionalmente dirigido. Os próprios relacionamentos se tornam mais maduros em virtude da nova habilidade do bebê em desconstituir laços discriminados e duradouros (BELISARIO FILHO, 2009).
A cognição social envolve a compreensão sobre as pessoas, suas ações e a relação entre os próprios sentimentos, pensamentos e ações, tanto quanto a relação entre esses aspectos pessoais e os aspectos correspondentes nas outras pessoas vinculadas ao apego pode possibilitar e facilitar maior atenção e conscientização das pessoas nas suas relações, reconhecendo e discriminando os seus padrões dessas interações. As funções executivas possibilitam ao indivíduo desenvolver comportamentos adaptativos por intermédio de habilidades que envolvem planejamento estratégico, flexibilidade e regulação da ação baseada em pistas fornecidas pelo meio (MERCADANTE, 2009). É a capacidade de manter um posicionamento para resolver adequadamente um problema futuro.
Alterações nos Transtornos Globais do Desenvolvimento e Inclusão Escolar:
Os indivíduos com TGD apresentam alterações na estrutura e no funcionamento do cérebro, bem como déficits significativos em habilidades sócio cognitivas, prejuízos no reconhecimento, entendimento e compartilhamento de suas emoções com os outros.
A partir dos conceitos de cognição social, pode-se pensar que os TGD são um transtorno de cognição social. A inabilidade social é resultante da dificuldade em entender o próprio estado mental, assim como o dos outros. Esse prejuízo parece advir do escasso contato olho a olho e da incapacidade de imitação de outras funções primárias na construção de um cérebro social (MERCADANTE & ROSARIO, 2009).
Pacientes com autismo, que possuem anormalidades estruturais ou funcionais na amígdala, não têm capacidade de atribuir um estado mental ou inferir uma emoção em outra pessoa através do olhar . Isso foi demonstrado através de estudos funcionais e deu lugar à teoria do transtorno amigdalino no autismo (BARON-COHEN et. al., 2000).Estudos mostram uma relação entre alterações na comunicação, interação social e comportamento repetitivo e restritivo, com disfunções cognitivas, principalmente funções executivas e percepção social.
Os indivíduos com TGD apresentam déficits em funções executivas que envolvem principalmente o planejamento e a
flexibilidade mental. O planejamento é uma operação mental complexa e dinâmica que envolve a organização seqüencial de ações, constantemente monitoradas e reguladas pelo próprio indivíduo. A flexibilidade mental caracteriza-se pela capacidade de modificar/adaptar pensamentos ou ações conforme mudanças de contextos, sendo que um prejuízo nessa função pode acarretar comportamentos repetitivos e estereotipados (ARAÚJO & VALLE, 2009).
Riviere (2001) aponta que os indivíduos com TGD apresentam uma importante alteração na função executiva, a flexibilidade. Essa função está muito alterada nesses pacientes e, quanto mais grave o quadro, mais grave a inflexibilidade. Com o desenvolvimento e na presença de ambientes favoráveis, alguns pacientes se tornaram mais
flexíveis. Deste modo, a inclusão escolar é a melhor e a mais adequada estratégia de modificarmos os ambientes sociais para acolher essas crianças.
Dez crianças autistas foram estudadas por Boutot e Bryant (2005) em classes regulares da educação fundamental, onde observaram o efeito cognitivo das relações sociais. Esse trabalho mostrou que, na avaliação de aceitabilidade,
popularidade, visibilidade e amizade com o grupo, não houve nenhuma diferença em relação às crianças sem autismo, pois as crianças com autismo eram chamadas para brincar no recreio, participar de festas de aniversário, trabalhar em projetos escolares, entre outras coisas.
Concluiu-se também que características autísticas, como comunicação, comportamentos estereotipados e falta de
socialização não atrapalharam na construção das relações sociais.A partir do direito e de experiências que estão acontecendo no Brasil, percebe-se em crianças, adolescentes e jovens com TGD uma melhora em seus quadros clínicos quando elas freqüentam classes comuns do ensino regular.
A educação é a base de toda construção social, intelectual, de interação e crescimento individual. Se a criança for estimulada a descobrir seu potencial desde cedo, as dificuldades deixam de persistir em tudo o que ela faz, precisando, portanto, de novos desafios para aprender a viver cada vez mais com autonomia, e não há lugar melhor do que a escola para que isso se concretize.
O acesso de crianças com TGD na rede regular pode promover grandes avanços em seu desenvolvimento nos processos de ensino-aprendizagem, socialização e inserção ao meio social, principalmente se contarmos com profissionais capacitados nas escolas e o auxílio de uma equipe multidisciplinar. A inclusão escolar possibilita às crianças com TGD oportunidades de convivência com outras crianças da mesma idade, constituindo-se num espaço de aprendizagem e de desenvolvimento social. Possibilita-se o estímulo de suas capacidades interativas, impedindo o isolamento contínuo. Acredita-se que as habilidades sociais são passíveis de serem adquiridas pelas trocas que acontecem no processo de aprendizagem social.
A oportunidade de interação compares é a base para o desenvolvimento de qualquer criança. A partir destas considerações, fica evidente que crianças sem problemas no seu desenvolvimento fornecem modelos de interação para crianças com TGD, ainda que a compreensão social seja difícil.
Acredita-se que a convivência compartilhada das crianças com TGD na escola possa oportunizar os contatos sociais e favorecer não só o seu desenvolvimento, mas o das outras crianças, na medida em que estas últimas convivam e aprendam com as diferenças. Entretanto, este processo requer respeito às diferenças de cada criança. O relacionamento do professor foi observado em alguns trabalhos.
Quando os professores percebiam mais positivamente seu relacionamento com os alunos com TGD, o índice de problemas de comportamento destas crianças foi menor e elas foram mais socialmente incluídas na sala de aula (BRANDT & CONNIE,2003).
Fica claro que, quando o professor consegue trabalhar seus medos, seu desconhecimento e a escola abraça o aluno com TGD como um aluno que faz parte da escola, o êxito nos processos são significativos. Bosa (2002), em um estudo exploratório sobre as expectativas dos professores frente à possibilidade de inclusão de alunos com autismo em suas classes, demonstrou que os professores manifestaram uma tendência a centralizar suas preocupações em fatores pessoais, como medo, ansiedade frente à sintomatologia mais do que a criança em si. Os professores, também, apresentam idéias distorcidas a respeito do autismo, principalmente quanto à capacidade de comunicação.
Em 2004, Serra verificou os efeitos da inclusão nos comportamentos de uma criança com autismo na escola regular . Os resultados mostraram que a inclusão trouxe benefícios para a criança, como a melhora significativa da concentração nas atividades propostas, bom estabelecimento de relacionamentos com os colegas e no comportamento de atender as ordens.
Além disso, efeitos positivos na família proporcionaram um maior investimento na aprendizagem da criança e um maior aumento nas suas potencialidades. Outro fator importante observado foi os benefícios que a escola teve a partir da inclusão deste aluno, pois outras crianças com deficiência ingressaram na escola e a equipe passou a estudar teorias que embasam a Educação Especial nos grupos de formação continuada de professores. Quando estudada a perspectiva dos pais de crianças com TGD quanto ao seu sucesso da inclusão escolar , observou-se um aumento de benefícios da inclusão na escola comum comparado aos da educação especial e o aumento das habilidades cognitivas, sociais e de comunicação das crianças, embora com dificuldades (LI, 2002). Charman, Howlin, Berry e Prince (2004) demonstraram, através de entrevista com 125 pais de crianças com autismo (57 das quais foram refeitas após um ano de inclusão de seus filhos), os progressos no desenvolvimento de crianças, tais como mudanças positivas nas habilidades de socialização e de comunicação.
Um estudo de observação sistemática de interações das crianças na escola entre uma criança com desenvolvimento típico e uma com autismo, da mesma idade e sexo, demonstrou diferenças e semelhanças no perfil de interação das duas crianças.
Enquanto o perfil de competência social da criança com desenvolvimento típico praticamente não variou entre os contextos, a criança com autismo demonstrou uma freqüência maior de comportamentos de sociabilidade/cooperação e asserção social e menor freqüência de agressão e desorganização do self, no pátio (CAMARGO, 2007)Educação InclusivaDe acordo com os princípios e fins da educação nacional, a educação é inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tendo por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.
A prática pedagógica é um elemento-chave na transformação da escola, estendendo essa possibilidade de transformação à sociedade. Em função do tema da diversidade, as práticas pedagógicas têm caminhado no sentido da pedagogia das diferenças (MENDES, 2002).Promover a inclusão significa, sobretudo, uma mudança de postura e de olhar acerca da deficiência. Implica em quebra de paradigmas, em reformulação do nosso sistema de ensino para a conquista de uma educação de qualidade, na qual o acesso, o atendimento adequado e a permanência sejam garantidos a todos os alunos, independentemente de suas diferenças e necessidades .
Segundo Mantoan (2003), a "inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional, pois não atinge apenas alunos com deficiência e os que apresentam dificuldades de aprender , mas todos os demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral". A inclusão escolar propõe uma nova educação, pois reconhece aquele que, até então, estava excluído da relação professor-aluno. Desse modo, o aluno com deficiência é visto como parte de uma relação complementar , na qual um se constitui através do outro.A inclusãototal e irrestrita e o direito à diferença nas escolas é uma oportunidade que se tem para reverter a situação da maioria das escolas, as quais atribuem aos alunos as deficiências que são do próprio ensino e raramente analisa o que e como a escola ensina, de modo que os alunos não sejam penalizados pela repetência, a evasão, a discriminação, a exclusão (MANTOAN, 2003). Segundo Mittler (2003), por mais comprometido que o governo seja com a questão da inclusão e da exclusão em sala de aula, "são as experiências cotidianas das crianças na sala de aula que definem a qualidade de sua participação e a gama
total de experiências de aprendizagem oferecidas em uma escola".
Outro valor de extrema importância é o perfil desse currículo: crianças apoiando crianças; um processo de inclusão escolar para ser bem-sucedido vai depender da participação das outras crianças. A proposição é que cada vez mais os professores assegurem que as crianças com habilidades variadas aprendam umas com as outras. Educando todos os alunos juntos, as pessoas com deficiência têm oportunidade de preparar-se para a vida na comunidade, os professores melhoram suas habilidades profissionais e a sociedade toma a decisão consciente de funcionar de acordo com o valor social de igualdade para todas as pessoas, com os conseqüentes resultados de melhoria da paz social (KARAGIANNIS, STAIN-BACK & STAINBACK,1999).
Considerações Finais:
A inclusão escolar pede que novos contextos escolares sejam criados para que todas as crianças, adolescentes e jovens, independente de suas condições humanas, possam participar da escola.
Pensar inclusão escolar a partir das pessoas com TGD é enriquecer e diversificar o processo ensino/aprendizagem. Devemos lembrar que o espectro de sintomatologia e características das pessoas com TGD é tão amplo e tão diverso que se torna impossível traçar normas de como deve ser feita a inclusão destes alunos.
A escola deve, a partir da sua realidade e das características individuais de cada aluno, buscar estratégias para que o processo de ensino/aprendizagem aconteça com qualidade.
A possibilidade que cada aluno traz e os objetivos traçados no projeto político pedagógico de cada escola é que fará com que a educação seja de qualidade para todos.A escola pode ser de fato um lugar de competência social para qualquer criança, mas pode ser especialmente importante para as crianças com TGD.
É neste espaço que elas podem aprender com outras crianças, exercitar a sociabilidade por mais comprometida que seja e finalmente exercer um direito indisponível, o da educação. A prática urge medidas de transformação do contexto escolar .
É preciso que se conheçam melhor conceitos como de cognição, de neurociências, do processo de aprendizado, os quais possam auxiliar os professores com cada aluno no seu dia a dia. Além disso, as práticas devem ser cada vez mais documentadas, pois poucas são as pesquisas que temos ainda quando falamos de inclusão escolar de alunos com TGD.
As informações acima foram extraídas do site: http://smec-sorriso.blogspot.com/2010/10/os-transtornos-globais-do.html

Asperger, uma forma de autismo

"Criança estudando estrutura molecular: portadores de Asperger em geral têm interesses específicos e intensos."
A chamada síndrome de Asperger, transtorno de Asperger ou desordem de Asperger é uma síndrome do espectro autista, diferenciando-se do autismo clássico por não comportar nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo.
A validade do diagnóstico de SA como condição distinta do autismo é incerta, tendo sido proposta a sua eliminação do "Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais" (DSM), sendo fundida com o autismo.
A SA é mais comum no sexo masculino.
Quando adultos, muitos podem viver de forma comum, como qualquer outra pessoa que não possui a síndrome. Há indivíduos com Asperger que se tornaram professores universitários (como Vernon Smith, "Prémio Nobel" de Economia de 2002).
Um dos primeiros usos do termo "síndrome de Asperger" foi por Lorna Wing em 1981 num jornal médico, que pretendia desta forma homenagear Hans Asperger, um psiquiatra e pediatra austríaco cujo trabalho não foi reconhecido internacionalmente até a década de 1990.
A síndrome foi reconhecida pela primeira vez no DSM, na sua quarta edição, em 1994 (DSM-IV).Alguns sintomas dos portadores desta síndrome são: dificuldade de interação social, dificuldades em processar e expressar emoções (o que leva outras pessoas a pensar erroneamente que eles não sentem empatia), interpretação muito literal da linguagem, dificuldade com mudanças, perseveração em comportamentos estereotipados. No entanto, isso pode ser conciliado com desenvolvimento cognitivo normal ou alto.
Alguns estudiosos afirmam que grandes personalidades da História possuíam fortes traços da síndrome de Asperger,como os físicos Isaac Newton e Albert Einstein, o compositor Mozart, os filósofos Sócrates, John Kimble e Wittgenstein, o naturalista Charles Darwin, o pintor renascentista Michelangelo, os cineastas Stanley Kubrick, Andy Warhol e Tim Burton e o enxadrista/xadrezista Bobby Fischer o empresário/filantopro Bill Gates e o programador Mark Zuckerberg.
Todo 18 de fevereiro celebra-se o Dia Internacional da Síndrome de Asperger, data do nascimento de Hans Asperger, que deu nome à síndrome.

Filhos


Receita para a alma!


1 _ Faça várias cirurgias plásticas: uma para corrigir o nariz empinado pelo orgulho e pela soberba; outra na correção da língua venenosa e ardilosa e nos lábios que demarcam sua tristeza interior;
2_ Drenagem linfática para retirar o orgulho, a inveja e a ingratidão;
3 – Lipoaspiração no egoísmo, no narcisismo e na hipocrisia;
4 – Diversos peelings profundos na culpa e no remorso;
5 – Faça uma dermo esfoliação nas cicatrizes deixadas pela falta de perdão e pelo ódio, assim como no rancor envelhecido;
6 – Uma máscara facial para retirar as expressões de mágoas e ressentimentos, igualmente nas asperezas da insensibilidade no trato com as pessoas. Depois complete com uma hidratação de
sorriso e a alegria;
7 – Hidrate suas mãos todos os dias com a prática da solidariedade e da caridade;
8 – Coloque lentes coloridas da misericórdia e da paciência, iluminando seu olhar;
9 – Realize um implante de entusiasmo e atitude positiva;
10 – Turbine sua humildade e o desinteresse por questões materiais;
11 – Use botox para esticar a esperança e a fé;
12 – Realce o cabelo com luzes da consciência tranqüila e da paz de espírito;
13–Finalize com uma hidromassagem, usando sais da generosidade e pétalas da tolerância, que é bom para o coração e a alma.Obs.: Esses ingredientes não são encontrados nas melhores lojas do ramo. Estão dentro de você!
( Texto de Adilson Costa )